O que o Facebook fez foi remover as barreiras do acto de “blogar”.
Removeu a expectativa de que um “post” tinha que ser um bloco de texto cuidado de determinado tamanho. Não há problem em escrever apenas uma frase no Facebook.
Removeu a estrutura de edição e publicação intimidante. Há uma única interface – aquela em que se escreve as coisas é a mesma interface onde se lêem as coisas.
Removeu a necessidade de trabalhar na promoção de conteúdo – tudo o que se escreve é enviado a todos os outros (e vice-versa.)
Posto isto, bastou ao serviço alcançar um determinado numero de utilizadores para se tornar uma máquina impossível de parar.
O problema do serviço é um problema arquival, e de propriedade. Quase tudo o que se publica no Facebook se torna efémero. Não há uma maneira fácil de manter um registo do que se produziu, ou de o exportar. É possível encontrar o que uma pessoa especifica escreveu sobre um determinado livro há cinco anos, mas não é fácil.
Se não queres saber daquilo que escreves (ou desenhas, ou fotografas, ou compões), então o Facebook é uma excelente plataforma.
Mas se tu não queres saber, porque hão-de os outros?