Comida pode ser combustível, ou pode ser uma experiência.
É importante saber qual delas procuramos. Porque precisamos de ambas as coisas, mas em medidas diferentes. E porque a comida deve ter características diferentes consoante a sua função.
Um problema comum: habituamo-nos a consumir comida como combustível; quando temos a oportunidade de consumir comida como uma experiência, seguimos o hábito, e acabamos por consumi-la como combustível.
O resultado é que nos sentimos insatisfeitos; a comida desenhada para uma experiência foi consumida da forma errada. Sentimo-nos roubados da experiência, e então… Procuramos mais.
Mas o problema não está na qualidade da comida, nem na quantidade. Está em nós, que a estamos a consumir de forma errada. Sem presença. Sem atenção.
Estamos a atestar o depósito quando devíamos estar na viagem.