O valor material das coisas não está só associado à utilidade ou à emoção. A nossa intuição do que é certo ou errado também tem um peso.
Se alguém nos roubar e exigir dinheiro em troca do objecto roubado, é normal recusar, preferir ficar sem o objecto em questão.
Mas se alguém nos trouxer o mesmo objecto, depois de o termos perdido, somos bem capazes de oferecer uma recompensa a quem o achou.
O objecto é o mesmo, tem o mesmo valor material e emocional.
O que ditou a diferença foi o valor que associamos à acção do terceiro.
Vale a pena perguntar: estamos a prestar a mesma atenção às transacções que fazemos no dia-a-dia?
Estamos informados em relação às posições éticas das empresas a quem compramos coisas?
Pintura: “Creso Exibe os Seus Tesouros Perante Sólon” por Frans II Francken