Às vezes caio no erro de fazer algo e ficar à espera pelo resultado.
O erro é crasso, porque, depois da coisa feita, a espera só pode resultar numa coisa: ansiedade.
Por definição, durante a espera, já não há como influenciar o resultado. Então, o vácuo da inactividade é preenchido por aquilo que está imediatamente disponível: neuroticismo.
O mais inteligente: começar a fazer a próxima coisa. Actividade raramente é desperdiçada, e uma mente ocupada não sofre de ansiedade.
Esta táctica vem com um bónus: se o resultado esperado face à primeira coisa não se materializar, vamos estar já ocupados com a coisa mais recente, e não teremos tempo para lamentar o nosso azar. Mais, com vários trabalhos feitos atrás de nós, mais tarde ou mais cedo, um há-de dar frutos. Não importa qual.
Passar logo para o próximo trabalho, em vez de esperar frutos do último, é quase um truque mágico para duplicar o nosso tempo produtivo.
(Mas evitem fazê-lo quando o projecto for encontrar uma namorada ou namorado. Não resulta bem.)
Pintura: “Esperando, Rue de Chateaubriand, Paris” por Jean Béraud